Como nossos pais

O que faz a galera optar pela mesma atividade do pai ou da mãe?

O que é que Sandy e Júnior, Nelsinho Piquet e Wanessa Camargo têm em comum? Tá, eles são famosos e jovens, mas não é só isso. Todos eles também são reconhecidos por terem seguido os passos profissional dos pais. Mas, afinal, o que faz um filho optar por trabalhar na mesma atividade do pai ou da mãe?

As respostas são as mais variadas... Pode ser admiração pelo trabalho, facilidade de pegar um negócio encaminhado, intimidade com o funcionamento da empresa ou da profissão. E há até quem diga que está no DNA. Será??? Sobre esta última possibilidade, ainda não existe nenhuma comprovação científica, mas vamos combinar que em alguns casos pode até ser mesmo, afinal, os filhos se parecem em muito, principalmente na forma de trabalhar, com os pais.

Bom, mas para descobrir o porquê desta escolha, decidimos conversar com a galera. Se você já ouviu a frase "Só podia mesmo ser filho de quem é!" ou "Filho de peixe, peixinho é", provavelmente vai se identificar com nossos entrevistados.

Régis Girardi tem 20 anos e há quatro auxilia seu pai na empresa da família, a Artelux, confecção especializada em cama, mesa e banho.

- Sempre ajudei quando faltava alguém, era como um quebra-galho... hehehe Mas agora meu pai ficou com a parte das vendas e eu assumi as outras áreas da empresa. Virou trabalho sério_ fala Régis.Para se preparar melhor para as funções que desempenha, ele optou por fazer a faculdade de Administração de Empresas na UCS.

- Minha irmã Rejane,18, também está cursando Moda e Estilo na UCS para ajudar na criação_ conta.Trabalhar no negócio da família pode proporcionar muitas regalias, mas nem tudo é fácil.

- O bom é que sendo proprietário você é quem determina seus horários. Entretanto, o chefe quase sempre é o primeiro a chegar e o último a sair! Além disso, as horas extras sempre sobram para mim. E quando precisa trabalhar aos domingos também sou convocado!

Misturar trabalho e família também pode ser uma combinação perigosa. Aquela história de que não se deve levar trabalho pra casa quase sempre não funciona.

- Às vezes misturamos as coisas. Discutimos em casa por causa do trabalho e vice-versa_ diz.

Mas na maioria das vezes os pais têm muito a ensinar aos jovens empresários.

- Meu pai diz que é importante que eu conheça todas as áreas da empresa e passe pelos diversos setores_ conta.

Aline Fernandes, 25, é formada em Administração de Empresas na UCS e atualmente está fazendo MBA em Gestão Empresarial na FGV. Ela conta que como sempre quis trabalhar na empresa da família, a Personne Gestão de Pessoas, a escolha do curso que iria cursar na faculdade foi conseqüência.

- Já pensei também em fazer psicologia por que é da área organizacional e tem tudo a ver com o meu trabalho_ revela.

Na empresa trabalham Aline, o pai Wilson Fernandes, que também é professor do curso de Administração de Empresas da UCS, e o irmão Rodrigo, 28. Nesse caso, fica difícil não confundir trabalho com família.

- Sempre se leva as discussões do trabalho para casa. É inevitável. Mas o mais importante é fazer o possível para deixar as coisas aqui no trabalho_ ensina.Há sete anos na empresa, ela acredita que o fundamental em uma organização familiar é não torná-la um cabide de empregos.

- No trabalho, deve-se analisar as competências das pessoas e deixar a família de lado. Aqui, mais do que em outro emprego, tenho que correr atrás, por que o negócio é nosso_ fala.

Fonte: Kzuka